Equipe da Assistência Social foi à instituição para
conscientizar as crianças do perigo das ruas
Depoimento: Lúcia Severino narra a experiência de morar na rua por nove anos / Foto: Matheus Lianda |
Participação: as crianças aproveitaram para tirar todas as dúvidas sobre o tema / Foto: Matheus Lianda |
Na manhã desta quarta-feira, 6, as crianças do
Lar do Pequeno Vicente receberam uma equipe da Assistência Social para
conversar sobre os perigos das drogas e a importância de não dar esmolas. O
encontro foi marcado pelas explicações da diretora do Departamento de
Assistência Social, Eliane Rossi, e pelo depoimento da ex-moradora de rua Lúcia Severino, que superou o vício ao aceitar a ajuda dos órgãos competentes. A
intenção é conscientizar as crianças dos riscos de sobreviver nas ruas e
prevenir para que não adquiram dependências químicas e entendam a importância do planejamento
familiar.
“Vivi por nove anos nas ruas. Por causa do
vício em drogas e bebida, perdi o contato com toda minha família”, revelou
Lúcia. “Fiquei sem reagir por todo esse tempo, mas recebi ajuda da Assistência
Social e há quatro anos mudei de vida. Agora vejo meus filhos com frequência”.
Equipe: os estagiários Cláudia Cristina e Thales Henrique, Lúcia Severino e a diretora de Assistência Social, Eliane Rossi, participaram do encontro / Foto: Matheus Lianda |
Após uma sessão de perguntas e respostas, a
diretora Eliane Rossi esclareceu dúvidas sobre os cuidados que devem ser
tomados para evitar e combater a situação de rua, além de propor ações de
c onscientização para as crianças. “Quem vive nas ruas perde todos os vínculos
saudáveis e se torna praticamente invisível para a sociedade”, alertou. “Dar
esmolas não melhora a vida de quem está nessa condição. É preciso encaminhar
para um dos serviços que a cidade oferece. No CREAS, no albergue, ali essas
pessoas podem realmente ser ajudadas".
Nas próximas reuniões, a ideia é levar as
crianças para ações de conscientização em vias públicas, acompanhadas por
monitores.
Surpresa: depois do bate-papo, Lúcia Severino entregou um presente para cada criança / Foto: Matheus Lianda |
Pessoas em situação de rua
Segundo o
Departamento de Assistência Social, há cerca de 50 pessoas em situação de rua
em São João da Boa Vista. Cerca de 15, no entanto, vêm de cidades vizinhas. Para ajudar, é preciso orientá-los a procurar por
um dos dispositivos assistenciais da Prefeitura. São oferecidas passagens para regresso à cidade de origem, albergue para se abrigarem à noite e atendimento pelo CAPS-AD, para dependentes de álcool e drogas. Também são feitas rondas três vezes por semana para identificar pessoas que necessitem de ajuda e aceitem tratamento pelos programas do governo.
Em breve, será lançado o projeto "Papo com Café", voltado para a ressocialização de moradores de rua. Serão praticadas atividades variadas, relacionadas à saúde e vínculo familiar.
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